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Como serĂ¡ o SST para o eSocial [Fique Atento] Prazo inicia-se em Julho/19


O eSocial para SST (SaĂºde e Segurança do Trabalho)  Ă© realmente a parte do eSocial que as pessoas deveriam dar a maior atenĂ§Ă£o, isso pelo fato de que todas as demais propostas do eSocial sĂ£o de adaptaĂ§Ă£o de rotinas que jĂ¡ vinham sendo praticadas.

A partir de julho de 2019, empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões começarĂ£o a enviar as informações de saĂºde e segurança para o eSocial. E como o sistema Ă© cheio de pequenos detalhes que devem ser observados, vamos explicar como funcionam as tabelas eSocial aplicadas Ă  Ă¡rea de SST.

O eSocial Ă© dividido em eventos, divididos em quatro categorias: iniciais ou de tabela, periĂ³dicos ou nĂ£o. Eles nada mais sĂ£o do que um conjunto de dados que precisam ser enviados sobre determinado assunto – que jĂ¡ eram obrigatĂ³rios de acordo com a legislaĂ§Ă£o, mas que agora serĂ£o compilados em um Ăºnico lugar.

Para o correto preenchimento de alguns desses eventos, foram criadas as tabelas. Elas reĂºnem os cĂ³digos que podem ser inseridos nos campos solicitados, contendo todas as possĂ­veis alternativas a serem utilizadas. 


Um exemplo Ă© a Tabela 01: Categoria de Trabalhadores. Se vocĂª estiver enviando os dados de um empregado geral – inclusive pĂºblico da administraĂ§Ă£o direta ou indireta contratado pela CLT –, o cĂ³digo a ser inserido Ă© 101. Esse Ă© apenas um caso, mas isso ocorre em todos os campos. Por isso, Ă© preciso sempre consultar a tabela antes de realizar o envio das informações.

Algumas dessas tabelas sĂ£o especĂ­ficas para os eventos de saĂºde e segurança do trabalho, entĂ£o vamos falar sobre cada uma delas:

Tabela 23: Fatores de Risco do Meio Ambiente de Trabalho


Os riscos fĂ­sicos, biolĂ³gicos, quĂ­micos, ergonĂ´micos, periculosos e mecĂ¢nicos devem ser descritos no evento S-2240 (Condições Ambientais do Trabalho), com base nos cĂ³digos presentes na Tabela 23. É preciso atenĂ§Ă£o extra aos riscos ergonĂ´micos e de acidentes, que passam a ser obrigatĂ³rios apĂ³s a implantaĂ§Ă£o do Perfil ProfissiogrĂ¡fico PrevidenciĂ¡rio (PPP) no formato digital. Outro ponto de alerta Ă© a descriĂ§Ă£o dos fatores quĂ­micos, que deve ser feita levando em consideraĂ§Ă£o a composiĂ§Ă£o quĂ­mica, nĂ£o o nome dos produtos.

Tabela 27: Procedimentos DiagnĂ³sticos


Detalha todos os exames complementares que devem ser realizados pelo empregado, seja durante a admissĂ£o, demissĂ£o ou eventos periĂ³dicos. Antes, isso era feito utilizando o cĂ³digo TUSS. Mas como ele possui muitos cĂ³digos e nem todos se aplicam ao contexto empresarial, as informações foram simplificadas na Tabela 27 – que possui 1.400 cĂ³digos e se restringe apenas Ă  Ă¡rea ocupacional. Esses novos cĂ³digos serĂ£o utilizados para preenchimento do evento S-2220 (Monitoramento da SaĂºde do Trabalhador).

Tabela 28: Atividades Perigosas, Insalubres e/ou especiais


ContĂ©m uma lista de todas as possĂ­veis atividades perigosas, insalubres ou especiais a que um empregado pode ser exposto nos mais diversos ambientes de trabalho. Auxilia no preenchimento do evento S-2240 (Condições Ambientais do Trabalho) e tem como principal objetivo fornecer insumos ao Governo Federal para concessĂ£o dos benefĂ­cios envolvendo cada um desses casos.

Vale lembrar que mesmo na ausĂªncia da atividade na tabela, o trabalhador ainda tem direito aos adicionais ou Ă  aposentadoria especial. De acordo com a legislaĂ§Ă£o, a simples exposiĂ§Ă£o a fatores de risco acima do limite de tolerĂ¢ncia pode gerar tais benefĂ­cios, independente de qual seja a atividade desenvolvida pela pessoa.

Tabela 29: Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados


As informações sobre determinadas atividades obrigatĂ³rias jĂ¡ deveriam constar no Livro de Registro de Empregado, entĂ£o isso apenas serĂ¡ migrado para o eSocial. No sistema, esses dados serĂ£o preenchidos no evento S-2245, a partir dos cĂ³digos obtidos na Tabela 29.

O principal ponto de atenĂ§Ă£o neste caso Ă© sobre a obrigatoriedade ou nĂ£o de descrever o treinamento no eSocial. O sistema nĂ£o exige a inserĂ§Ă£o de todos, embora sua empresa continue sendo obrigada a realizĂ¡-los, de acordo com a legislaĂ§Ă£o trabalhista atual. Todos os detalhes encontram-se no manual produzido pelo Governo Federal.

Preenchimento da CAT


As empresas jĂ¡ estĂ£o habituadas a repassar as informações da ComunicaĂ§Ă£o de Acidente de Trabalho (CAT) pelo CATWeb. A boa notĂ­cia Ă© que pouca coisa mudarĂ¡ com a entrada do eSocial, pois as tabelas 13 a 17 sĂ£o idĂªnticas Ă s utilizadas atualmente. Elas contemplam os seguintes itens:

• Tabela 13: Parte do corpo atingida
• Tabela 14: Agente causador do acidente de trabalho
• Tabela 15: Agente causador/SituaĂ§Ă£o geradora da doença profissional
• Tabela 16: SituaĂ§Ă£o geradora de acidente de trabalho
• Tabela 17: DescriĂ§Ă£o da natureza da lesĂ£o

Nesse caso, o mais importante Ă© ficar atento ao cĂ³digo que deverĂ¡ ser inserido em cada etapa. Todos estĂ£o descritos nas respectivas tabelas e correspondem a um fator especĂ­fico, que deve ser preenchido com atenĂ§Ă£o, caso a caso.

A principal mudança, porĂ©m, estĂ¡ na Tabela 24 – CodificaĂ§Ă£o de acidente de trabalho, que discrimina todas as possĂ­veis hipĂ³teses de acidentes previstas na legislaĂ§Ă£o. Essa mudança foi realizada para resolver um problema enfrentado atualmente, que permite classificar o acidente em apenas trĂªs tipos: tĂ­pico, trajeto e doença. Dessa forma, hĂ¡ uma grande dificuldade na obtenĂ§Ă£o de informações qualificadas sobre o tipo de acidente, o que Ă© resolvido com a Tabela 24.


E Quem vai enviar os dados para o eSocial para SST?

Existe duas opções muito interessantes:

• A empresa de consultoria gera os arquivos em xml (lembrando que xml Ă© a extensĂ£o dos arquivos que devem ser enviados para o banco de dados do governo), depois a empresa de consultoria envia para o contador que transmite ao governo, ou;


• A consultoria lança os dados diretamente para o banco de dados do governo.

Ainda, podemos notar que as duas opções apresentam vantagens e desvantagens. Nesse artigo vamos considerar o ponto de vista dos contadores.

Porque se a empresa sofrer alguma penalizaĂ§Ă£o serĂ¡ o contador que ira informar a essa empresa sobre os problemas que pode estar acumulando.

Da mesma forma, imagine-se nessa condiĂ§Ă£o!  A contabilidade serĂ¡ crucificada, e mesmo que tente apontar o problema para uma clinica ou para o prĂ³prio cliente, ainda sofrerĂ¡ com a insatisfaĂ§Ă£o de seus atuais clientes.

Por fim, vamos as vantagens e desvantagens:

1. Consultorias geram os arquivos e envia para os contadores transmitir: EntĂ£o temos como vantagem que os contadores terĂ£o acesso aos arquivos e a certeza do envio, assim como poderĂ£o abrir os arquivos e consulta-los.

Pelo contrĂ¡rio temos como desvantagem que os contadores deverĂ£o ter uma forte estrutura organizacional para gerenciar esses tramites. TambĂ©m, os contadores terĂ£o mais uma responsabilidade e/ou atribuiĂ§Ă£o

2. Consultorias geram os arquivos e enviam diretamente para o banco de dados do governo: Ao contrĂ¡rio das observações anteriores, os contadores nĂ£o terĂ£o novas atribuições e responsabilidades, assim como precisarĂ£o ajustar suas estruturas;

PorĂ©m, os contadores nĂ£o poderĂ£o abrir os arquivos e consulta-los. e precisarĂ£o de um esquema de acompanhamento dos envios.

Bem, esse artigo chama atenĂ§Ă£o para que Ă© hora de planejar a mudança na forma de fazer as coisas e essa mudança se da no universo da saĂºde e segurança em confluĂªncia com a contabilidade ou o departamento pessoal.

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